Aumento da produção de energia solar traz benefícios para o país
A produção de energia solar no Brasil avançou de forma significativa nos últimos anos e pode trazer diversos benefícios para o País.
De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a fonte já trouxe mais de R$74,6 bilhões em novos investimentos, R$20,9 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou mais de 420 mil empregos acumulados desde 2012.
Além disso, foi evitada ainda a emissão de 18,0 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade, tornando a alternativa uma das mais limpas e eficientes.
Por esse motivo, vale a pena conhecer mais sobre as vantagens que a energia solar proporciona ao Brasil e qual a posição nacional nesse mercado.
Papel da energia solar na geração de energia brasileira
A energia solar se tornou um dos pilares do abastecimento no Brasil, sendo uma das alternativas que mais crescem.
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, nos últimos três anos, o crescimento da distribuição passou de 2.000%. Só em 2020, a capacidade de instalação cresceu 66% no país.
A categoria de distribuição centralizada está ligada a grandes usinas, enquanto a distribuída está relacionada a pequenas unidades, como casas com painéis fotovoltaicos no telhado.
Uma vez que o equipamento é devidamente instalado, as placas fotovoltaicas captam os raios solares e transformam sua energia em eletricidade, abastecendo os pontos ligados ao receptor.
Atualmente, a maior concentração está nas residências, mas estabelecimentos comerciais e industriais também estão aderindo a essa opção. Isso porque sua instalação é simples e a produção é totalmente limpa, sem queima de combustível ou prejuízos ao ecossistema local.
Ainda, por estar diretamente ligada na central de distribuição de eletricidade convencional, se tornou ainda mais simples utilizar a fonte de energia solar para geração extra, suprindo as necessidades e utilizando o abastecimento tradicional quando necessário.
Brasil é destaque na produção de energia solar
A produção de energia solar no Brasil se destaca entre os países que compõem os Brics, incluindo Rússia, África do Sul, Índia e China.
Dados do Governo Federal mostram que a matriz energética brasileira é formada por 48% de fontes renováveis, com números que superam, e muito, os demais blocos. Segundo análise, as fontes de energia fósseis chegam a 97% na África do Sul, 94% na Rússia, 92% na Índia e 87% na China.
“O Brasil se encontra em uma posição muito confortável em relação à questão energética. E isso se deve a alguns motivos, a começar pelos investimentos que vêm sendo feitos para aumentar a capacidade de geração eólica e solar”, aponta o consultor Eduardo Antonello, fundador da Golar Power e da Macaw Energies.
A previsão é que o Brasil se torne uma das referências em produção de energia solar fotovoltaica, o que contribuirá para a transição energética em operação. Nos próximos anos, espera-se que as fontes eólicas e solar cresçam e diminua a necessidade de abastecimento por canais como hidrelétricas. Isso ajudará o País a se posicionar no ranking mundial.
Em 2021, ocupava o 13° lugar, mas com um dos maiores potenciais de crescimento. No total, existem cerca de 1,2 milhão de pontos de geração distribuída no Brasil em 2022, e 670 UCs (unidades consumidoras) com geração própria de energia a partir da fonte solar.
Por que a energia solar é uma fonte estratégica para o país?
O potencial financeiro e ecológico da energia solar é o que torna essa fonte estratégica para o Brasil. Afinal, ela contribuiu para a diversificação de abastecimento, e possui um alto potencial por conta das condições geográficas do País. Segundo previsões, essa será uma das principais bases para a transição energética no cenário nacional.
Além disso, sua participação na matriz brasileira está aumentando. Atualmente, a energia solar já representa 5% de todo o abastecimento.
Em fevereiro de 2022, a produção ultrapassou, pela primeira vez, a usina hidrelétrica de Itaipu, atingindo a marca de 14 gigawatts (GW) de potência operacional, somando as usinas de grande porte e os sistemas de geração própria de energia elétrica em telhados, fachadas e pequenos terrenos.
Por conta disso, especialistas também apresentam uma opinião positiva sobre o cenário brasileiro.
“O país tem investido fortemente em renováveis, além de possuir uma extensa gama de novos projetos eólicos offshore. Tanto em usinas eólicas quanto em plantas solares, temos uma abundância de projetos altamente competitivos, com fatores de capacidade bem acima das médias globais. Projetos assim permitiriam um custo de energia muito baixo para o consumidor”, comenta Eduardo Antonello.
Assim, unindo seu retorno financeiro e condições favoráveis, a energia solar se torna uma fonte estratégica e potencial para o Brasil.